Ensino superior: patronal só quer lucro, nega reajuste

Profissionais de educação tem merecido todo reconhecimento e homenagens durante esta emergência da pandemia, por manter aulas mesmo com as limitações de ensinar de casa, com pouco treinamento, tendo que rever todo planejamento pedagógico e pondo horas e mais horas de trabalho enquanto dura a suspensão de aulas motivada pelo combate ao coronavírus. Mas o patronal não quer reconhecer esse esforço.

Nesta terça-feira, 15/07, houve nova rodada de negociações na campanha do Ensino Superior e o q ue se ouviu, mais uma vez? Que as instituições estão sem condições de oferecer qualquer reajuste aos seus professores e auxiliares de administração escolar. Reconhecem que houve inflação em 2019, reajustaram suas mensalidades, mas negam reajuste aos seus profissionais.

Para a Fepesp e as demais federações na comissão de negociação essa negativa é inaceitável.

As negociações prosseguem após a assembleia das mantenedoras, marcada para a próxima segunda-feira, dia 20. Tendo ajustadas as cláusulas sociais das convenções coletivas de professores e auxiliares nas rodadas de negociação realizadas até agora, cabe às mantenedoras decidir na sua assembleia qual será sua proposta de cronograma para aplicação de atualização salarial.

Podemos ser razoáveis, mas não podemos abrir mão da reposição das perdas causadas pela inflação de 2019 – especialmente em uma época em que nos cobram uma cota extra de sacrifício.

Fonte: Fepesp